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Beto Pereira aponta que os pontos de ônibus no meio da via só trouxeram problemas ao trânsito: “Não encontrei um cidadão que apoie aquela intervenção

O deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS), pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande, manifestou sua posição contrária em relação às obras de construção de terminais de ônibus no meio das vias, que demandaram gastos de R$ 150 milhões da atual gestão municipal. Durante uma entrevista na rádio Hora, Beto desafiou a administração a identificar apoiadores dessa intervenção urbana, destacando que essas obras têm resultado em dificuldades no trânsito e prejuízos para os comerciantes locais.

“Tenho percorrido Campo Grande e, até o momento, não encontrei um cidadão que apoie aquela intervenção urbana dos pontos de ônibus no meio da rua”, declarou.

Beto ressaltou o alto custo das obras, citando um valor de R$ 150 milhões, e enfatizou a quantidade de 100 obras inacabadas em Campo Grande, chegando a quase mil em diversos pontos da cidade.

“Ao observar a placa na obra localizada na Avenida Gunter Hans, aquele programa de mobilidade está demandando R$ 150 milhões. Trata-se de uma obra inacabada, que não passou por consulta pública nem por discussão sobre o impacto na vizinhança”, destacou.

O pré-candidato expressou sua preocupação com a falta de conclusão das obras em andamento, afirmando que não faz sentido prometer novos projetos quando os existentes estão em situação de abandono.

“É algo que venho falando repetidamente: não podemos seguir com novas obras sem antes concluir tudo o que foi iniciado em Campo Grande. Isso representa um desrespeito para com a população”, diz.

Se gasta mais com tapa-buraco do que novo asfalto

Ao ser questionado sobre o recapeamento das ruas de Campo Grande, Beto enfatizou que cerca de 1 mil km na cidade ainda carecem de asfalto e ressaltou que, na gestão atual, vem sendo direcionado um investimento maior para recapeamento do que para a pavimentação.

“Não podemos continuar gastando mais em tapa-buracos do que em recapeamento. Nos últimos dez anos, foram destinados R$ 330 milhões para tapa-buracos e apenas R$ 220 milhões para asfalto. O que era inicialmente uma medida emergencial acabou se tornando uma prioridade”, disse.

“Não é admissível observar tantas ruas que passaram por reparos constantes de tapa-buraco, quando recapeá-las desde o início teria sido mais econômico. Vamos apresentar em nossa propaganda eleitoral o montante investido em reparos em comparação com o custo do recapeamento das ruas de Campo Grande. Isso evidencia uma clara falta de planejamento”, completou Beto.

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